terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ALEITAMENTO MATERNO

Últimamente, aumentaram as queixas de que os bebês rejeitam o leite materno, e que as mães têm os seios inchados e doloridos. A causa principal desses problemas está na alimentação da mãe.
O leite materno é produzido a partir do sangue, que se torna branco nas glândulas mamárias e sai pelo mamilo. Até algum tempo atrás, a alimentação do Japão, por exemplo, tinha como alimento principal o arroz, complementado por uma grande variedade de outros produtos de origem vegetal, como algas marinhas, hortaliças e leguminosas, a que se acrescentava um pouco de produtos de origem animal, peixes e moluscos.
Entretanto, nos últimos sessenta anos, o consumo de carnes e derivados do leite, que são ricos em gordura animal, aumentou, e o consumo de alimentos de origem vegetal foi reduzido drasticamente. Esse tipo de alimentação faz aumentar a quantidade de ácidos graxos saturados, colesterol e triglicérides, dando origem ao que chamamos de "sangue grosso". O leite materno produzido a partir desse sangue é amarelado, viscoso e possui odor e gosto desagradáveis. E por isso que o bebê, muitas vezes, morde o mamilo, chora e não mama. Por fim, o fato de não ser possível oferecer nutrientes ào bebê, acaba provocando uma instabilidade emocional.
Quando o bebê não mama, o leite viscoso se acumula nas glândulas mamárias, ocasionando a mastite, inflamação dessas glândulas. O seio incha e fica rijo como pedra e desencadeia-se febre alta. Entre outras coisas, esse quadro pode tornar-se, também, a causa da septicemia, infecção generalizada em que os microrganismos patogênicos se multiplicam no sangue.
O aleitamento matemo, além de aumentar a capacidade imunológica, tem muitas outras vantagens.
Para que as crianças cresçam cheias de saúde e vigor, cuidemos da alimentação, empenhando-nos para que se tenha uma culinária que utiliza ingredientes locais e da estação.

Publicado na edição de Dezembro de 2008 da revista Izunome, pag. 18.
Texto de: Masako Suzuki. Doutora dem medicina, professora da universidade de HEISEI OE FUKlNAMA- Japão.
Tradução: André Luiz Machado

Um comentário:

  1. Quando minha filha - Tavane - nasceu aconteceu justamente o que é descrito nesta matéria. Na verdade houve um outro fator complicador que foi uma infecção hospitalar, mas mesmo após ter sido resolvida o aleitamento não foi possível e os sintomas foram exatamente estes.

    Tavane teve bons anjos da guarda e conseguiu até uma mãe de leite, que somados ao excelente trabalho da fundação Oswaldo Cruz, no Rio, permitiu que ela tomasse um pouco de leite materno e tenha a saúde que tem.

    È importante lembrar as futuras mamães que devem se preocupar inicialmente com seu próprio bem-estar, assim seu filho nascerá nas melhores condições.

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